Sentem o vento, ele não existe mas marca presença…corre com o rio, dança a valsa com as árvores, o tango com as flores bravias e macias…nas ondas do mar é sopro na maresia e força colossal…não é visível mas a sua presença é linguagem universal.
A sua ausência aquece os corpos…quietude em aparente paz …ninguém o chama, mas quando o rosto o recebe num sopro a sacudir o sal num dia escaldante...é refrigério!
No deserto é inimigo das areias…baralha os montes… carrega o peso de cada passo num corrente de mil fardos…
Em alto mar é o amante das velas para o navegar ameno…
A lua que nunca o encontra pergunta aos fundos dos vértices…afinal quem esse vento?
Majestoso
soberano
escravo
amaldiçoado
em que canto se encontra esta não existência que marca presença com imensa força de guerreiro e guardião.
…depois aqui num canto vazio da lua quando se esvazia, já não há questões…existem respostas sem aposta…concretas e concisas.
Num gargalhar de silêncio na antevéspera do apocalipse…as areias escrevem; é aquilo que cada necessidade quer…é descartável na mente de quem não lhe conhece o poder de verdade…ele é…somente é…nada mais!
Faz-te ausência e saberás o tamanho da presença…se a presença é ficção ou a ausência uma referência no coração…
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